"Pudesse eu não ter laços
nem limites
Ó vida de mil faces
transbordantes
Para poder responder
aos teus convites
Suspensos na surpresa
dos instantes!"
Sophia de Mello Breyner Andresen
Tenho fases, como a lua, Fases de andar escondida, fases de vir para a rua... Perdição da minha vida! Perdição da vida minha! Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso.
E roda a melancolia seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém (tenho fases, como a lua...). No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua... E, quando chega esse dia, o outro desapareceu...
Cecília Meireles, in 'Vaga Música'
Ou então, na calma planicie onde a lua brilha, relembro outro poeta:
À Luz da Lua!
Iamos sós pela floresta amiga, Onde em perfumes o luar se evola, Olhando os céus, modesta rapariga! Como as crianças ao sair da escola.
Em teus olhos dormentes de fadiga, Meio cerrados como o olhar da rola, Eu ia lendo essa ballada antiga D'uns noivos mortos ao cingir da estola...
A Lua-a-Branca, que é tua avozinha, Cobria com os seus os teus cabellos E dava-te um aspeto de velhinha!
Que linda eras, o luar que o diga! E eu compondo estes versos, tu a lel-os, E ambos scismando na floresta amiga...
Nascida sobre o signo de Capricórnio, com ascendente em Sagitário e espirito Aquariano. Confuso?! Nãããããã!!! Nada mesmo. Mistura agri-doce para quem tiver paxorra de me ir aturando e conhecendo.
Um comentário:
Lua Adversa
Tenho fases, como a lua,
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...).
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecília Meireles, in 'Vaga Música'
Ou então, na calma planicie onde a lua brilha, relembro outro poeta:
À Luz da Lua!
Iamos sós pela floresta amiga,
Onde em perfumes o luar se evola,
Olhando os céus, modesta rapariga!
Como as crianças ao sair da escola.
Em teus olhos dormentes de fadiga,
Meio cerrados como o olhar da rola,
Eu ia lendo essa ballada antiga
D'uns noivos mortos ao cingir da estola...
A Lua-a-Branca, que é tua avozinha,
Cobria com os seus os teus cabellos
E dava-te um aspeto de velhinha!
Que linda eras, o luar que o diga!
E eu compondo estes versos, tu a lel-os,
E ambos scismando na floresta amiga...
António Nobre, in 'Só'
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