sexta-feira, 29 de maio de 2009

Amistosidade
Primeiro dedique-se à meditação, atinja a bem-aventurança, e então muito amor se manifestará de maneira espontânea. Nessa condição, é belo estar com os outros e belo também é estar sozinho. É simples também. Você não depende dos outros e também não torna os outros dependentes de você. O que existe é sempre amizade, amistosidade. A coisa nunca se transforma numa relação; continua sendo uma afinidade. Você convive, mas não cria um casamento. O casamento nasce do medo, a afinidade nasce do amor. Você estabelece um relacionamento; enquanto as coisas andarem bem, você compartilha. Se você percebe que é chegado o momento de partir porque os caminhos se separam numa encruzilhada, você diz adeus com uma enorme gratidão por tudo que o outro foi para você, por todas as alegrias, todos os prazeres, e por todos os belos momentos compartilhados juntos. Sem nenhum sofrimento, sem nenhuma dor, você simplesmente se afasta.
Osho The White Lotus Chapter 10
Comentário
Os ramos destas duas árvores floridas estão entrelaçados, e as suas pétalas caídas misturam-se no chão, com suas belas cores. É como se o céu e a terra estivessem interligados pelo amor. As árvores se erguem individualmente, cada qual enraizadas no solo, em sua própria conexão com a terra. Desse ponto de vista, simbolizam a essência dos verdadeiros amigos, maduros, cooperativos entre si, espontâneos. Não existe nenhuma ansiedade na ligação entre eles, nenhuma carência, nenhuma vontade de transformar o outro em alguma coisa diferente. Esta carta indica uma prontidão para entrar nesta qualidade de amistosidade. Ao fazê-lo, você poderá notar que não está mais interessado nos diferentes tipos de dramas e romances em que as outras pessoas estão empenhadas. Não se trata de uma perda. É o surgimento de uma disposição de espírito mais elevada, mais carregada de amor, nascida de uma sensação de vivenciamento pleno. É o surgimento de um amor verdadeiramente incondicional, sem expectativas ou exigências.

3 comentários:

Alberto Campos disse...

...E assim se vive sem compromissos nem sonhos, sem o querer chegar oa fim do caminho em comunhão. E assim o novo mundo se resume na essencia do individualismo. Como diria a canção: "Together we stand, apart we fall".
Do mesmo modo que o solo e a proximidade dos outros seres, a sua natureza, o clima, influenciam a arvore e o seu crescimento, também nós os humanos crescemos na partilha. sim é belo estar sozinho, mas de que servem as experiencias vividas se não forem partilhadas?
Não, recuso o individualismo, a falta de liberdade que nos impurra para o abismo da solidão.
Afinidade só se cria em conjunto, dia a dia, experiencia a experiencia. Como haver afinidade sem relação? Uma contradição.
Se é para estar sozinho então que se assuma! Não se mascare necessidades nem baralhe sentimentos!
Issoladas, as arvores caem, juntas, morrem de pé!!!
Mas isto é porque eu sou um idealista... E Osho, provado está que não entendia de botanica!

W0lfshade disse...

Tentar amarrar o vento e algo que jamais vai ser conseguido... O melhor é voar juntinho com ele, e dando graças ter a possibilidade de o fazer.

Anônimo disse...

Os sonhos vivem da esperança, a comunhão e a partilha vivem do dar e receber, sem dia nem hora marcada. Estar sózinho não é o mesmo que estar só. Afinidade é compreenção e respeito. Sem amarras, sem contratos, um estar porque sim, um gostar porque se sente. Hoje, agora. Compromisso? Sim! Comigo!
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