sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
"Como estás?"
... é a pergunta que ultimamente mais ouço
e para a qual, sinceramente, não tenho resposta
apenas sei, sinto, que me ausentei e não sei quando volto
e muito menos sei como voltará esta estranha pessoa que se foi
é como se estivesse algures, longe, como que na expectativa de algo
mas sem esperar nada
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5 comentários:
que liiindo!
E que saudades deixas nas leves pegadas que ainda levam a ti...
Quando voltares,
que eu sei que voltarás um dia,
Anuncia-te devar.
Com o mesmo vagar que trazes no olhar,
e aquele ar de espento das cousas simples.
Quando voltares,
que não podes estar eternamente longe,
volta com a mesma luz com que partiste.
Volta coberta de humanidade, sorrindo ou chorando,
arrastada pelo vento norte.
Volta como puderes, mas volta,
que as tagides esperam em seu canto,
o placido embalo dos teus olhos...
Será possível alguém fazer uma "viagem" por outra pessoa? Levar a sua alma para também ela ir ao fundo de si? Acredito que sim e por isso obrigada.
Sete luas
Há noites que são feitas dos meus braços
e um silêncio comum às violetas
e há sete luas que são sete traços
de sete noites que nunca foram feitas
Há noites que levamos à cintura
como um cinto de grandes borboletas.
E um risco a sangue na nossa carne escura
duma espada à bainha de um cometa.
Há noites que nos deixam para trás
enrolados no nosso desencanto
e cisnes brancos que só são iguais
à mais longínqua onda de seu canto.
Há noites que nos levam para onde
o fantasma de nós fica mais perto:
e é sempre a nossa voz que nos responde
e só o nosso nome estava certo.
Natália Correia
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